quarta-feira, 16 de maio de 2012

Comeback Stage do Myusic

Pra quem não pode ouvir meu programa na terça seus problemas acabaram! É só apertar o play e se divetir o/

Link pra download - http://www.mediafire.com/?ujbbr91n6cmh6j5 ^^ Baixem e confiram o/

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Hey Bitches, I’m baaaaaaaaaack ^^

Ai ai ai faz séculos que não posto aqui! Fiquei de férias do curso de escrita por um tempo, mas agora estou de volta com novos contos e também está a caminho a resenha de um livro MUITO legal que eu li esses últimos dias o/ Chega de conversar e como sempre leiam e comentem!

A Sereia do sertão

Escrito em:19/11/11 por Mario Barbosa

Seca e sem vida era aquela terra, um prato cheio para aquelas criaturas negras e vis que se aproveitavam dos pobres que se aventuravam por ali. Dizem que no meio daquela aridez eterna esconde-se uma estranha ilha que ninguém arrisca a visitar.

Um pequeno monte de terra, reinado de uma criatura estranha, que aos poucos toma formar. Suas raízes têm formar de pés, seu tronco é enfeitado por uma bela boca convidativa que geme e atiça a todos que perto conseguem chegar, os galhos se misturam a narizes e orelhas e por fim belos olhos de todas as cores são os frutos que choram e molam as raízes daquela estranha árvore ou seria ela gente?

Chamei-a Sereia do sertão, bem guardada por uma estranha cobra com rabo de fogo que fazia sua proteção dia e noite, devorando a tudo e a todos, incluindo qualquer vida que nascesse e tentasse eclipsar a beleza da criatura.

Depois de tudo que se ouviu, alguém se aventura a conhecer o sertão?

domingo, 25 de setembro de 2011

A união se faz em Penedo

Escrito por: Mario Barbosa – 25/09/2011

Antes de começar a viagem a Penedo, eu me empolgava aos poucos com a oportunidade de poder conhecer e interagir mais com o grupo do curso. Mesmo com alguns resmungos meus no twitter e a preguiça que geralmente me domina nas manhãs de sábado, decidi ir.

O dia começou legal, um grupo de 20 pessoas no SESC esperando nossa odisséia, um básico atraso e uma ótima exposição de bordados, já fez com que o grupo fosse se conectando e até mesmo discutindo sobre as atividades passadas. Tive que me identificar várias vezes e até mesmo contar a origem do MarioMyu.

Já no ônibus, fomos nos agrupando e falando sobre amenidades e gostos, a passagem ainda urbana mostrava toda sua força carregada de barulho, carros, trânsito, mas aos poucos isso ia se tornando escasso. Tudo começava a ser tomado pelo verde das plantações de cana e calmaria.

O nosso ônibus não agüentou tanta empolgação, sim eu estou fantasiando aqui, que acabou quebrando, mas por incrível que pareça foi até bem legal. Em meio ao sol, uma brisa nos confortava e o papo rolou solto com direito até a cana descascada na hora. O novo transporte chegou e mesmo não tendo todo o conforto do primeiro foi nele em que nos aconchegamos e demos continuidade à jornada.

As ladeiras de Penedo nos receberam bem na hora do almoço, uma boa olhada na imensidão do São Francisco e todos os pensamentos negativos sobre a viagem caíram por terra. Depois de um reforçado e demorado almoço saímos para explorar a cidade.

A arquitetura me conquistou. Tudo era tão colonial e bonito, quem diria que tamanha beleza e riqueza histórica estariam escondidas em Alagoas. Vimos o poder da Igreja espalhado por todo lugar, até aprendi que na minha casa vou ter eira, beira e tri beira.

No teatro, fomos bem recebidos e foi lá em que aconteceu o ápice da viagem. Entrar naquele pequeno ambiente, que foi se enchendo de vida a cada novo integrante do grupo que subia naquele palco, era uma espécie de calor e felicidade que me preenchia e ali eu pude sentir uma fração do que os atores sentem ao se apresentar.

Naquele palco, Penedo se tornou especial para mim.

Por mais Igrejas passamos, lotadas de suas figuras de expressões sofridas e tão realistas. Voltamos para ao começo do passeio, de frente ao São Francisco, admirando aquela imensidão de água escura.

Dentro do ônibus, o papo continuou sem pausa, cansaço não existia e a viagem até Maceió passou rápido. Chegando a cidade, nos despedimos. Alguns foram para casa e outros foram curtir o resto da noite, para comemorar a beleza e união que foi formada entre as ruas e ladeiras de Penedo.

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Chinesa

Escrito por: Mario Barbosa – 11/08/2011

Era um dia comum, acordando tarde depois de uma cansativa noite de encontros onlines, sem ninguém e uma preguiça que me impossibilitava de levantar e ir até a cozinha pegar um copo de água, o que diria cozinhar. Meu estômago gritava por comida, minha ultima refeição tinha sido no comecinho da noite anterior.

Ir ao banho era uma necessidade, água fria sempre foi um ótimo despertador para mim, era dessa coragem forçada que eu precisaria para sair de casa e caçar algum restaurante que simpatizasse com minha conta bancária.

Decidi parar no Shopping. Além de varias opções de comida, temos várias opções de pessoas. Comer e paquerar é uma arte sagrada, passada de geração em geração na minha família. No meio de tanto barulho, pessoas, crianças mimadas e perfumes baratos, os aromas das iguarias, ou seriam porcarias, tentavam se sobressair. Qual seria a boa de hoje, McDonald´s? Uma boa massa? Quem sabe até comida regional?

Decidi abandonar todas e partir para uma velha conhecida minha, comida asiática! Para ser mais exato, aquele belo prato de comida chinesa. Entre temperos, vários tipos de arroz e acompanhamentos, eu deixo meu nariz se perder e fazer uma viagem, ao que eu acredito ser a China. De repente tudo se modifica e eu me torno mais asiático do que eu já sou (pelo menos por dentro).

A primeira garfada me acerta em cheio é como se minhas papilas gustativas estivessem em festa. A comida salpicada com molho agridoce assume toda uma nova onda de sabores. Aos poucos vou mexendo no prato e abocanhando outros sabores, o cogumelo suga os líquidos ao seu redor e se transforma numa esponja de sabor, acompanhado da cebola e do brócolis, que me fazem sentir mais saudável.

A cada mexida o prato explodia em cor e sabor, era como se eu estivesse em um daqueles carnavais chineses, cheio de fogos de artifício e com dragões que caminhavam por minha língua e sossegando em meu estômago. Por fim tudo regado a um bom copo de coca-cola que fez seu trabalho, borbulhando e esfriando o calor chinês dentro de mim.

É como meu pai sempre diz “barriga cheia, mão lavada, pé na estrada.”

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Vem ouvir o Myusic, GENTE!

Então galera para atingir um número maior de ouvintes, eu decidi a partir de hoje também colocar meu programa o Myusic que eu apresento todas as segundas as 17h na Radio Branime. Espero que vocês ouçam e me dêem um feedback! Tem o melhor do K-Pop, além de mim falando noticias do meio.

domingo, 21 de agosto de 2011

Conto da Semana - Death Smell

Technorati Marcas: ,,,

Escrito por: Mario Barbosa – 21/08/2011

Estava escuro, minha respiração acelerada sinalizava meu cansaço, mas eu precisava chegar até ela. Era quase obsessiva minha dependência por aquela fragrância que se escondia tão profundamente naquela mata sombria e sem vida. Uma provação para chegar ao paraíso. Cada vez mais perto de meu destino, enfrentando os arbustos com seus espinhos secos que maltratavam minha pele, me fazendo sangrar, criando uma trilha de sangue que a terra prontamente absorvia faminta.

O fim do percurso estava próximo, a clareira onde ela se escondia já aparecia em meu campo de visão, as nuvens aos poucos iam se abrindo, limpando o céu, fazendo com que a lua enfim mostra-se sua face. A hora havia chegado, o desabroche aos poucos ia acontecendo. Me entreguei a terra, fechando meus olhos e deixando que o aroma penetrasse cada poro de meu corpo, ela fazia seu trabalho. Quanto mais a lua se mostrava, mais o aroma se fazia presente, quase que palpável.

Primeiro vinha o cheiro doce que lembrava a minha comida favorita, minha infância, o carinho de minha mãe, meu primeiro amor. Era como se naquele momento eu visitasse cada momento feliz da minha vida. Eram tantas nuances de felicidade, que me enlouquecia. Eu prendia minha respiração ao máximo para que a sensação durasse.

O cheiro foi tomando outra direção, uma espécie de desespero lentamente crescia dentro de mim, o doce que antes acalmava minha alma foi se tornando enjoativo, deixando meu corpo doente, me inundando com diferentes lembranças, a primeira rejeição, os machucados pelo corpo, sentimentos agridoces.

Por fim o cheiro da morte tomou conta de tudo e era essa a sensação que eu buscava. Me lembrava o sangue, mas era forte como enxofre, tinha toque das doenças mais terríveis e a frieza dos matadores.

Aquela era a essência da flor que só desabrochava a noite, a dama e era nos braços dela que eu entregava toda essência restante da minha vida.

domingo, 14 de agosto de 2011

A valsa da Libertação

Escrito por: Mario Barbosa em 14/08/2011

Se puderem ler ouvindo a musica abaixo, fica bem melhor!

Era o baile de inverno no Castelo do Príncipe Vermont, todas as damas do reino foram convidadas, não foi diferente comigo. Minha família tinha posses e meus pais achavam que aquele evento em particular seria uma ótima oportunidade para arranjar um pretendente rico. Alguém que pudesse nos proporcionar mais status e quem sabe aumentar assim o nome e o legado dos meus. Eu sempre achei esses eventos chatos, nunca consegui entender qual era a diversão em ficar se exibindo e esperando fisgar um daqueles fidalgos engomadinhos e egocêntricos.

Mesmo tendo a obrigação em estar ali, não poderia deixar de negar que o salão de baile estava impecável, tudo muito bem iluminado e decorado, era primavera e as flores estavam espalhadas por todo o espaço, trazendo um aspecto jovial e fazendo com que um aroma doce pairasse no ar. As festas reais eram conhecidas por sua grandiosidade, mesas completamente cheias das melhores iguarias, artistas vindo de outros países para entreter os convidados, mas com certeza a melhor parte era a musica.

A orquestra real tinha fama de ser a melhor entre todos os reinos, o príncipe não economizava fundos para treinar seus músicos, produzindo sempre os melhores e mais ornamentados instrumentos, contratando sempre o melhor maestro, que treinava os integrantes até a exaustão. Os repertórios sempre iam de acordo com a época do ano ou o tema do baile, eram obras primas que enchiam os ouvidos com as mais belas melodias e que tinham o poder de me libertar, nem que por alguns instantes, da minha prisão diária.

Todos se dirigiram ao centro do salão e a baqueta do maestro se fez ecoar silenciando a todos, num leve movimento o primeiro acorde, radiante como um dia de verão, me acertou fazendo todo meu corpo vibrar. Lentamente fechei meus olhos e deixei me envolver pela melodia, que me lembrava à canção da minha velha caixinha de musica, tudo ao meu redor ia se dissipando, desaparecendo. O calor do sol se fazia cada vez mais forte, ao passo em que a musica ia crescendo e se tornando mais complexa a cada novo instrumento que era adicionado.

Não estava mais no salão, aquele era outro mundo, eu sentia a relva tocando os meus pés nus, sentia o vento brincando com meus cabelos e trazendo mais daquela divina melodia aos meus ouvidos, fazendo todo meu corpo se mover, criando uma coreografia única e divertida. Contagiados por toda a energia que exalava de mim, os seres mágicos que moravam na floresta, começaram a sair de seus esconderijos e se a juntar a mim. A melodia se tornou mais pesada, tambores anunciavam a chegada da chuva, o céu tornou-se nublado e as gotas começaram a molhar meu corpo, mas isso não fez minha dança parar, só deixou meus passos mais fortes na medida em que o cheiro da terra molhada invadia meus sentidos.

Rodopiando sem parar, eu ficava cada vez mais tonta, até que o cansaço fez meu corpo tombar na relva molhada, rindo alegremente os seres fantásticos brincavam com meus cabelos, fechei os olhos novamente, pedindo a deus para me deixar naquele mundo para sempre, enquanto a melodia se tornava cada vez mais fraca, era obvio que meu pedido não seria atendido.

O maestro fez um movimento brusco, e senti meu corpo sendo arrancando da floresta, enfiei minhas mãos na terra molhada, mais foi em vão, a realidade era mais forte, como um carcereiro que me trazia de volta para a carcaça que eu deixara, me trazendo de volta para o salão onde o chão de mármore frio me saudou com toda sua rigidez, o mundo real com suas grades e amarras.

Minha mãe puxou meu braço, conferindo meu vestido e se certificando de que eu estava impecável. Atravessando o salão, paramos perto da mesa de banquete, lá estava o homem que seria apresentado a mim, Lorde Bruiner, que devorava metade da comida que estava numa travessa, sem se importar com os olhares de nojo das pessoas ao seu redor. Seu rosto redondo e suado me trouxe asco e pude perceber claramente a lasciva que estava em seu olhar, ele era rico e meu destino tinha sido selado.

Beijando minha mão e marcando minha luva com a saliva, ele me dirigiu um galanteio que nem consegui ouvir. Se virando para a minha mãe, eles já discutiam quando poderia começar a me fazer a corte. Tudo acontecia rápido demais, mas não fiquei deprimida, porque lá no fundo eu sabia, que toda vez que aquela valsa fosse tocada, eu seria liberta da minha prisão e do meu destino cruel, nem que fosse por um pisca de acordes.